21 mar

Como utilizar o Traceroute para solucionar problemas na rede

Traceroute é uma ferramenta de linha de comando muito popular para identificar e sanar problemas de conexão à rede. Em conjunto com o comando ping, é indispensável para a solução de problemas tais como perda de pacotes e alta latência (baixa velocidade).

Caso você tenha problemas para se conectar a algum site em particular, o traceroute é capaz de localizar o problema, bem como auxiliar a visualizar o caminho percorrido pelos pacotes trocados entre sua máquina e o servidor web.

Funcionamento do Traceroute

Ao conectar-se a algum site – por exemplo, flathosting.com – o tráfego tem que percorrer diversos pontos intermediários até chegar ao site. Ele passa primeiramente pelo seu roteador caseiro, pelo roteador do seu provedor, depois por redes ainda maiores, e assim por diante. Se você tiver problemas de conexão com um site, mas o site estiver funcionando corretamente, é possível que o problema esteja em algum lugar entre sua máquina e os servidores do referido site. O traceroute exibe o caminho que o tráfego percorre, bem como o intervalo de tempo decorrido em cada ponto de parada, ajudando assim a localizar o problema.

Em termos técnicos, traceroute envia uma sequência de pacotes utilizando o protocolo ICMP (o mesmo protocolo utilizado para o comando ping). O primeiro pacote enviado é marcado com o parâmetro time-to-live (TTL) igual a 1; o segundo, 2; e assim por diante. Cada vez que um pacote alcança um novo roteador no caminho do tráfego, seu TTL é descrescido de 1. Ao alcançar 0, o pacote é descartado e o roteador que o descartou retorna uma mensagem de erro. Ao enviar pacotes desta maneira, o traceroute assegura que cada roteador no caminho descartará um pacote e enviará uma resposta.

Como usar o Traceroute

O traceroute roda através da linha de comando. No windows, abra uma janela de terminal e digite o comando tracert seguido do endereço do site a ser consultado. Em sistemas Mac e Linux, o comando é traceroute.

Por exemplo, para analisar o site flathosting.com no Linux, digite:

traceroute flathosting.com

Você verá gradualmente a rota tomar forma, à medida que seu computador recebe respostas dos roteadores ao longo do caminho entre sua máquina e o destino.

bash

Se você usar o tracerote em seguida para algum outro site – em particular, algum hospedado em uma região diferente do mundo – você perceberá como os caminhos diferem. Os primeiros “hops” são sempre os mesmos (tráfego chegando no seu provedor), enquanto que os últimos hops são diferentes à medida que os pacotes são enviados a outro lugar.

Interpretando o Resultado

A idéia básica é auto-explicativa. A primeira linha representa seu roteador doméstico (na hipótese de você estar usando um roteador); as a seguir, os roteadores do seu provedor; e por fim, as linhas mais abaixo são os roteadores mais distantes.

O formato de cada linha é como a seguir:

Hop RTT1 RTT2 RTT3 Nome de Domínio [Endereço IP]

  • Hop: Sempre que um pacote trafega por um roteador, isto é chamado de hop. DO exemplo acima, podemos observar que são necessários XXX hops para alcançar os servidores da flathosting.com desde a localização onde foi executado o teste.
  • RTT1, RTT2, RTT3: Este é o tempo de percurso total em milissegundos que um pacote leva para chegar a um determinado hop e voltar ao seu computador. Frequentemente definido como latência, é o mesmo número observado quando o comando ping é utilizado. O traceroute envia três pacotes para cada hop e os exibe a cada vez, de forma que você pode ter uma idéia do quão consistente é a latência. Se você encontrar um asterisco em algumas colunas, isto significa que uma resposta não foi recebida – o que pode ser um indicativo de perda de pacote.
  • Nome de Domínio [Endereço IP]: O nome de domínio, caso disponível, pode ajudar a saber a localização do roteador. Se não estiver disponível, somente o endereço IP do roteador é mostrado.
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